domingo, 24 de julho de 2011

Peluso: Corpo estável de servidores deve gerir Estado

  Valter Campanato/ABr      Instado a comentar o escândalo do Ministério dos Transportes, o ministro Cezar Peluso, presidente do STF, insinuou que o Brasil deveria imitar a França.
Cuidadoso, Peluso disse: “Não é o Judiciário que vai dizer como é que os políticos têm que tratar essa questão dos cargos públicos.” Mas não resistiu à tentação de opinar:
“Um corpo mais estável de servidores públicos, como sucede, por exemplo, na França, onde eles são preparados na Escola Nacional de Administração, é muito melhor para a eficiência do Estado”.
Na França, prosseguiu o ministro, os servidores  “são preparados para todas as funções do Estado, inclusive para a diplomacia.”
Cria-se, segundo ele, “um corpo estável de servidores públicos, intelectualmente muito bem preparado para operar a máquina extremamente complexa do Estado”.
“Acho que é alguma coisa que pode ficar para a meditação dos políticos” brasileiros, Peluso sugeriu.
Não será, obviamente, ouvido. No modelo brasileiro, os políticos operam para se assenhorar do Estado. O aperfeiçoamente da máquina inibiria o saque.
Entrevistado pela repórter Catarina Alencastro, o presidente do Supremo foi instado a comentar a outra ponta do flagelo: a dificuldade de reaver as verbas surrupiadas.
Peluso deu a entender que, nessa matéria, os colarinhos brancos são mais eficientes do que a máquina estatal. Por quê? “Por uma série de fatores”, disse.
“Primeiro, há uma complexidade em apurar, fazer provas, etc. Quando as responsabilidades são fixadas, você tem que encontrar o patrimônio do responsável…”
“…E isso demanda outras investigações, porque as pessoas que fazem isso não deixam o dinheiro à mostra para todo mundo…”
“…Ou mandam para o exterior, ou põem em nome de laranjas ou usam de outros meios para seconder…”
“…É preciso novos expedientes de investigação para identificar e localizar esses bens. Muitas vezes esses bens são localizados no exterior…”
“…Aí você entra com um terceiro fator: que o país e as agências daquele país colaborem. Não é simples.”
E quanto à parcela de culpa do Judiciário? Bem, Peluso aproveita para fazer a defesa de sua proposta de emenda constitucional, que inibe os efeitos dos recursos judiciais.
Contra a opinião de alguns de seus próprios pares, Peluso propõe que as sentenças do Judiciário passem a ser executadas a partir das decisões de segunda instância.
“Há muitas pessoas que não vão hoje à Justiça porque sabem que é demorada, que tem que gastar dinheiro…”
“[…] Como está hoje, esse excesso de processos, a coisa anda em um círculo vicioso, porque isso continua assim…”
“…Se as sentenças começarem a produzir efeito mais rapidamente, todo mundo sai ganhando…”
“…Não apenas aqueles que vão a Juízo, mas aqueles que hoje não vão porque acham que não vale a pena. Esses passarão a ir a Juízo, se julgarem necessário”.
Peluso exagera ao dizer que “todo mundo sai ganhando” com a aceleração do rito processual.
Perdem os advogados, cujos lucros cairão na proporção direta da redução do número de recursos.
Perdem também os 90% que ingressam na política para roubar e para conferir aos 10% restantes uma péssima fama.
Para desassossego dos que ganham, os causídicos e seus clientes usufruem de voz e poder. A clientela, diga-se, é quem vai votar a proposta de Peluso no Congresso.
Isso, naturalmente, se a emenda vier a ser votada um dia.

Escrito por Josias de Souza às 06h36

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pagot constrói mansão de R$ 2,5 milhões em Cuiabá

Casa do diretor afastado do Dnit terá 614 metros quadrados, três andares, três suítes e ampla área de lazer

AE | 21/07/2011 11:01




Foto: AE Ampliar
Pagot escolheu sua cidade, Cuiabá, para construir o casarão
A multiplicação de escândalos que envolvem sua gestão no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não inibe planos pessoais de Luiz Antonio Pagot para um futuro muito confortável. Em Cuiabá (MT), onde reside, ele constrói uma mansão de três andares.
São 614 metros quadrados de área distribuídos em três pavimentos, com três suítes, salas de estar e de jantar e áreas de lazer, afora espaçoso jardim.
O valor do casarão, depois de pronto, criou polêmica na cidade. Pelas contas do próprio Pagot, o imóvel vai valer R$ 700 mil.
Corretores imobiliários, no entanto, estimam em R$ 2,5 milhões, aproximadamente, o valor da moradia, porque está localizada em um bairro que deverá receber amplos investimentos e projetos de melhorias para breve.

"Os dois terrenos bem como os gastos relativos às despesas da construção estão no imposto de renda de dr. Pagot", informou João Gabriel Pagot, sobrinho e advogado do chefe do Dnit. "Em nenhum momento ele (Pagot) escondeu a construção. Não há nada oculto."
O advogado argumenta que "o valor do imóvel é calculado pelo metro quadrado". "Em 2009, quando iniciou a obra, o metro quadrado era mais barato. O saco de cimento era mais barato, a mão de obra também. Hoje o metro pode estar em R$ 1.500, não sei. Se vai ter melhorias no bairro ele (Pagot) não tem culpa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O que Publicam os Principais Jornais do País, nesta quarta-feira

O Globo

Manchete: A tragédia da corrupção - Dilma amplia faxina e varre mais seis nos Transportes
Demitidos são ligados ao PR, que cobra a saída de diretor do PT

Depois de afastar sete pessoas do Ministério dos Transportes por denúncias de corrupção, incluindo o ex-ministro Alfredo Nascimento, a presidente Dilma Rousseff demitiu mais seis ontem, todas ligadas ao PR. O partido reagiu cobrando também a demissão de um petista, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Hideraldo Caron. Um técnico dos Transportes explicou que as demissões de ontem - três servidores dos Transportes e outros três ligados ao Dnit - quebram a "espinha dorsal" de dois grupos que estavam à frente do órgão. Luiz Antonio Pagot, o diretor-geral afastado que será demitido do Dnit quando voltar de férias, se disse "constrangido e indignado' com a crise. A oposição tenta convocar o atual ministro, Paulo Sérgio Passos, para se explicar no Congresso ainda durante o recesso. (Págs. 1, 3, Merval Pereira e Editorial "Causas da letargia diante da corrupção")
Varejão e Fatureto encabeçam a lista
Entre os demitidos ontem no Dnit estão Luiz Cláudio Varejão, coordenador de Operações Rodoviárias e ligado ao diretor de Infraestrutura, Hideraldo Caron, e Mauro Sérgio Fatureto, coordenador-geral de Administração e próximo do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. (Págs. 1 e 3)
Uma obra sem fim
Controlada pelo diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, o petista Hideraldo Caron, a obra de duplicação da BR-101, entre Palhoça (SC) e Osório (RS), acumula 23 contratos em seis anos, 268 termos aditivos e gastos de quase R$ 2 bilhões, com suspeitas de irregularidades. (Págs. 1 e 12)
Inidônea. E daí?
Apesar de o site do próprio Dnit ter recomendação expressa contra contratos e licitação com a empresa Eram (Estaleiro do Rio Amazonas), um órgão vinculado à autarquia fez oito aditivos em acordo com a firma, considerada inidônea e cujo sócio já foi condenado por crimes como lavagem de dinheiro. (Págs. 1 e 4)

Obras do PAC na Rocinha desaceleram
Mais de três anos depois, a construção de dois planos inclinados, de um mercado popular e de uma creche, além da reurbanização do Largo dos Boiadeiros, parou no meio do caminho. (Págs. 1 e 14)
Cem rios estão em situação ruim ou péssima no Brasil (Págs. 1 e 34)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Faxina derruba mais 6 nomeados dos Transportes
Cinco dos exonerados são ligados ao PR e um ao PT; diretor petista do Dnit também deve ser afastado nesta semana

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, demitiu mais seis servidores, dois deles do Dnit (que cuida de obras nas estradas).
Cinco afastados são ligados ao deputado Valdemar Costa Neto e ao ex-ministro Alfredo Nascimento, ambos do PR, que controla a pasta. (Págs. 1 e Poder A4 e A8 )

José Simão
Dilma tá demitindo tanto que o Dnit deveria mudar pra Dmit! Dmit todo mundo! (Págs. 1 e Ilustrada, E13)

Lula teme que estilo de Dilma a isole da base governista (Págs. 1 e Poder A8)
Desemprego cai para 6,2%, melhor junho em nove anos
A taxa de desemprego registrada pelo IBGE em junho foi de 6,2%, a menor para o mês em nove anos. A renda dos trabalhadores também aumentou - 3,8% no primeiro semestre.
Esses números mostram um mercado aquecido e indicam que o Banco Central deve aumentar os juros hoje para segurar o consumo.
A arrecadação de tributos federais no semestre foi de R$ 471,3 bilhões, alta de 12,68%. (Págs. 1 e Poder A10 e A11)
Esportes
Acordo é fechado e Itaquerão custará R$ 820 milhões. (Págs. 1 e D3)
Câmara aprova plano que deve ser vetado pela Casa Branca
Os deputados dos EUA aprovaram plano que prevê cortes severos em gastos sociais e limita as despesas do governo a menos de 20% do PIB. O projeto condiciona aos cortes o "sim" para elevar o teto da dívida do país.

A aprovação é um ato da maioria republicana para marcar posição. Obama deve vetar o plano. (Págs. 1 e Mundo A14)
Mark Weisbrot
Já passa da hora de o Brasil retirar as tropas do Haiti

Brasil não é império e não tem razão para ser parceiro dos EUA na brutal ocupação do Haiti. Já passa da hora de sair. (Págs. 1 e Mundo A16)
Boa notícia
No RS, quem passar trote em resgate tem de pagar custos. (Págs. 1 e Cotidiano C7)
Editorais
Leia "Muito além da notícia", sobre o escândalo no Reino Unido, e "Procuram-se médicos", acerca da falta de profissionais em alguns pontos do país. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: 'Faxina' nos Transportes derruba mais seis e continua
Chegam a 13 os demitidos em meio ao escândalo de corrupção, e outros devem cair; maioria é ligada ao PR

A “faxina" no Ministério dos Transportes continuou ontem. Foram demitidos quatro funcionários do ministério e dois do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Agora, já são 13 os funcionários afastados desde a revelação do esquema de corrupção dentro dos Transportes, no começo do mês. A maioria dos demitidos é vinculada ao secretário-geral do PR, Valdemar da Costa Neto, e ao ex-ministro Alfredo Nascimento, que foi afastado duas semanas atrás e assumiu a presidência do partido - o PR controla os Transportes no rateio do poder ministerial. A expectativa é que, entre hoje e sexta-feira, mais demissões sejam anunciadas, incluindo a do diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, o petista Hideraldo Luiz Caron, e mais assessores ligados ao PR. (Págs. 1 e Nacional A4)


'República de Mogi' se mexe

Amigos de Valdemar da Costa Neto oriundos de seu reduto eleitoral, Mogi das Cruzes, tentam preservar o poder do padrinho. (Págs. 1 e Nacional A8)
China dribla barreiras do Brasil por meio da Argentina
A China usa a Argentina para burlar as medidas do Brasil para proteger a indústria da invasão de produtos chineses, informa Iuri Dantas. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que a exportação de algumas mercadorias da China pela Argentina disparou, e esses produtos estariam entrando no Brasil como se fossem argentinos. (Págs. 1 e Economia B1)
Nova proposta para dívida anima Obama
O presidente dos EUA, Barack Obama, deu apoio ao plano de um grupo de seis senadores republicanos e democratas para superar o impasse sobre a dívida pública. O projeto prevê a alta de US$ 1 trilhão na arrecadação e corte de US$ 3,7 trilhões nos próximos dez anos. "Não temos mais tempo para gestos simbólicos", disse Obama. (Págs. 1 e Economia B12)
UE discute três saídas para a crise grega
Dirigentes da União Europeia se reúnem amanhã para debater três saídas para a Grécia: recompra da dívida, com garantias, rolagem da dívida e taxação do setor financeiro. (Págs. 1 e Economia B8)
Multa em faixas de pedestre começa dia 8 (Págs. 1 e Cidades C1)

Rio deverá ter unidade do Hospital Albert Einstein (Págs. 1 e Vida A17)

Tutty Vasques
A presidente e o magnata

Quanto mais Dilma Rousseff e Rupert Murdoch cortam a própria carne, mais a crise volta como recidiva maligna em doente terminal. (Págs. 1 e Cidades C6)
Dora Kramer
O julgamento do PT

O PT teme as consequências eleitorais do julgamento do mensalão. Ao perdoar mensaleiros, o partido devia saber que cedo ou tarde pagaria o preço. (Págs. 1 e Nacional A3)
Notas & Informações
Um recado europeu ao Brasil

A diplomacia comercial brasileira enfrenta as consequências de uma série de opções erradas. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: O brasileiro virou bobo da corte
Nunca na história deste país os cidadãos pagaram tanto imposto. Em seis meses, saiu do bolso dos brasileiros uma média de R$ 2,6 bilhões por dia. São cinco meses de trabalho no ano destinados apenas ao pagamento de tributos. Em troca, porém, o país não retribui com educação, saúde e transportes de qualidade. Boa parte do dinheiro é engolido pela corrupção. Denúncias já levaram a presidente Dilma a demitir um ministro e 12 funcionários nos Transportes. O desperdício no serviço público, aponta o TCU, é outra fonte de perda de recursos. Levantamento em 71 órgãos federais mostra que, só na conta de luz, daria para economizar R$ 240 milhões por ano. A população também sofre com o descaso. Encarregada de proteger o consumidor, a ANS engaveta reclamações contra o abuso de operadoras de planos de saúde. No Distrito Federal, outro flagrante do desrespeito: brasilienses que pagaram até R$ 450 mil à Terracap por um lote no Jardim Botânico 3 veem o sonho de morar em um condomínio de luxo se transformar em pesadelo. Até hoje, no local, falta a infraestrutura prometida pelo Poder Público, e a área começa a virar território livre para aventureiros. (Págs. 1, 2 a 6, 9, 12 e 23)
Só a Justiça pode salvar Bandarra e Deborah
O Conselho Nacional do Ministério Público rejeita recurso contra a demissão dos dois promotores. Amanhã, eles tentam no TRF escapar das denúncias dos crimes de concussão, formação de quadrilha e violação do sigilo funcional. (Págs. 1 e 22)
Litro do leite já custa mais de R$ 2 no DF (Págs. 1 e 11)

Desemprego cai, salário está em alta (Págs. 1 e 10)

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Valor Econômico

Manchete: Dados mostram economia ainda em ritmo vigoroso
Mercado de trabalho aquecido, aumento da renda real, crédito em expansão e arrecadação de impostos em alta. Com base nesse cenário, de uma atividade econômica ainda pujante, o Comitê de Política Monetária decide, hoje, a alta dos juros.

A taxa de desemprego em junho, conforme dados do IBGE divulgados ontem, foi de 6,2%, menor que a de maio deste ano (6,4%) e a de junho de 2010 (7%). O número de ocupados teve uma queda, na margem, mas o rendimento real médio aumentou 4% sobre junho do ano passado. Em junho foram criadas 215,4 mil vagas, segundo melhor resultado para o mês da série histórica. No primeiro semestre foram 1,4 milhão de empregos, terceiro melhor número da série. O setor de serviços prossegue liderando a geração de empregos. Apesar de se identificar uma certa moderação na taxa de ocupação do IBGE, o ministro do Trabalho, Calos Luppi, disse que não há desaceleração e que a tendência é chegar a 3 milhões de novos empregos até o fim do ano. (Págs. 1, A3 e A4 e C1)
Uma crise parecida com a do Lehman
Se a crise da dívida soberana dos países da periferia da zona do euro chegar a suas economias mais fortes, o impacto para o Brasil pode ser igual ao experimentado após a quebra do banco de investimentos americano Lehman Brothers, em setembro de 2008. A conclusão é do Fundo Monetário Internacional, que terminou consultas com os governos dos países da zona do euro e, em seus relatórios, mensurou os efeitos globais de a atual crise atingir alguns dos grandes bancos europeus, como o belga Dexia, o alemão Deutsche Bank, o francês BNP Paribas ou o holandês ING.

No pior cenário, os bancos globais sofreriam contágio, com efeitos "bastante importantes para Hungria, Turquia, Reino Unido, Brasil e Rússia", aponta o relatório. "Seria um evento sistêmico que impactaria os sistemas financeiros bem além da Europa". No caso de contágio dos bancos das principais economias da união monetária, o Produto Interno Bruto europeu cairia 2,5 pontos percentuais, o PIB mundial, 1 ponto e o da América Latina, 0,5 ponto em 2011-2012. (Págs. 1 e C10)
Airbus teme chineses, não a Embraer
A China, e não o Brasil com a Embraer, será o terceiro grande competidor internacional no mercado de jatos nos próximos dez a vinte anos, atrás da europeia Airbus e da americana Boeing. Essa pelo menos é a avaliação da Airbus. A China começa a produzir - com pesados subsídios - seu primeiro jato de passageiros, na categoria com 120 a 180 assentos.

"O maior potencial está na China para se tornar o terceiro grande produtor de aviões", disse o vice-presidente de comunicação da Airbus, Rainer Ohler, a um grupo de jornalistas, na sede da companhia, em Toulouse. "A Embraer tem espaço, vemos seus bons aviões cada dia em todo lugar", disse. Para Ohler, os construtores aeronáuticos precisam de "suporte" dos governos, ou seja, de subsídios. Mas admite que é preciso um acordo global para limitar essa ajuda. (Págs. 1 e B8)
Chery traz novo modelo de negócio
O início da construção da fábrica da Chery, em Jacareí, indica um modelo de negócios oposto ao que tem prevalecido ao longo dos investimentos da indústria automobilística no Brasil. É um projeto sem sócios locais, totalmente financiado por recursos chineses e livre de amarras com o governo brasileiro. Esse perfil de negócios tem pelo menos uma vantagem: caso o projeto não dê certo, a empresa sai sem dever nada a ninguém.

No lançamento da pedra fundamental da fábrica, o presidente mundial da Chery, Yin Tongyue, explicou que o investimento de US$ 400 milhões será feito com dinheiro da própria empresa e do Banco de Desenvolvimento da China. (Págs. 1 e B8)
Ações resistentes sobem até 39%, enquanto Bolsa cai 14%
O Índice Bovespa cai 14,75% no ano, mas um grupo seleto de 16 ações se mantem em alta, com variações de 4,5% a 39,7%. Essas líderes em resistência têm duas características em comum. Primeiro, fazem parte dos setores conhecidos como "defensivos", como energia elétrica e telecomunicações, com resultados menos sujeitos às oscilações da economia, receitas atreladas à inflação e dividendos elevados. Segundo, passaram por evento societário que turbinou ganhos.

Os papéis da TIM são campeões de rentabilidade neste ano: 39,7% para as PN. A alta veio após a empresa anunciar, em maio, a migração para o Novo Mercado, o nível mais elevado de governança corporativa. Caso parecido é o da ação PN da Telesp, com alta de 20,3%. O papel refletiu a incorporação da Vivo pela Telesp em junho. O setor elétrico abriga cinco dos 16 "sobreviventes" do Ibovespa. O destaque é a ação PN da Eletropaulo, com alta de 31,2%. Também apresentam altas de dois dígitos Light ON (22,7%), Cemig PN (21,5%) e Cesp (19,2%). (Págs. 1 e D1)
US$ 1,5 bilhão em usina de plástico verde
Depois de cinco anos do primeiro anúncio, o grupo Dow Chemical anunciou uma joint-venture com a trading Mitsui para deslanchar o projeto de plástico verde a partir da cana-de-açúcar. Será construído um complexo industrial em Santa Vitória (MG) para a produção de polietileno a partir do etanol.

O projeto está avaliado em até US$ 1,5 bilhão, apurou o Valor. O complexo sediará uma usina com capacidade para produzir 240 milhões de litros de álcool destinados à indústria química. (Págs. 1 e B7)
O sucesso da Argentina pós-calote
Uma década após a Argentina declarar que estava quebrada, taxas de crescimento aceleradas desafiam o consenso de que não há benefícios no caso de um default - mas o sucesso do país também apresenta alguns alertas.

No momento em que a Grécia se aproxima do calote, quais as lições que pode tirar da Argentina? Representantes do governo apontam para o crescimento elevado e sustentado do país e dizem não só que há vida após o maior default soberano já registrado, como também pode haver festa. "O senso comum falhou", disse Marcó del Pont, presidente do Banco Central. Mesmo assim, o resultado final não é tão interessante como alguns sugerem. A recuperação é impressionante, mas o governo ainda não conseguiu limpar a mancha provocada pelo default na reputação da Argentina, nem convencer o mundo de que seu populismo heterodoxo é sustentável. (Págs. 1 e A12)
Brasil tenta aumentar suas vendas externas de carnes para o mercado asiático (Págs. 1 e B12)

Para agência, 25% da água usada no Brasil é de baixa qualidade (Págs. 1 e A2)

Eletrobrás vai mudar gestão de controladas, diz Carvalho Neto (Págs. 1 e B1)

Trabalhadores em aeroportos
O Palácio do Planalto decidiu abrir negociação com os sindicatos para evitar futuros conflitos entre trabalhadores e concessionários dos aeroportos que devem ser licitados até o fim do ano. (Págs. 1 e A3)
Transmissão digital na RBS
Com os R$ 300 milhões captados via debêntures não conversíveis em ações, na semana passada, o grupo de mídia RBS vai tocar projetos que incluem a implantação da transmissão digital em todas as 18 emissoras de televisão da empresa. (Págs. 1 e B2)
Riscos para produção de trigo
Inicialmente prevista como recorde, a produção de trigo no Mercosul pode ser menor por causa de geadas. Com isso, o Brasil tende a ser obrigado a comprar mais trigo fora da América do Sul. (Págs. 1 e B11)
Tesouro Direto avança
O primeiro semestre se mostrou bastante favorável para o Tesouro Direto. As vendas somaram R$1,818 bilhão – valor 82,16% maior que o de 2010. O número de investidores cadastrados também apresentou forte expansão no período. (Págs. 1 e D2)
Ideias
Marcello Averbug

BNDES deveria ser preservado como ofertante de crédito direcionado e poderoso instrumento de políticas públicas. (Págs. 1 e A10)
Ideias
Luís Eduardo Assis

Não há arranjo institucional que possa dar ao BC forças para, sozinho, se contrapor a uma política fiscal expansionista. (Págs. 1 e A11)
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Estado de Minas

Manchete: DNIT desgovernado nós somos as vítimas
O escândalo de superfaturamento e irregularidades em obras derrubou ontem mais seis funcionários do Ministério dos Transportes e do Dnit. Enquanto isso, quem depende das rodovias vive rotina de transtornos, perigo e morte. É o caso de José Augusto, Rosimeire e Marli, três dos milhares de brasileiros que sofrem com as más condições da BR-381, que liga Belo Horizonte ao litoral capixaba. Eles têm as vidas entrelaçadas com a Rodovia da Morte, na hora de trabalhar, ir à igreja ou buscar os filhos. Temem ser vítimas invisíveis do descaso e da corrupção. (Págs. 1, 3 e 4)
Rodovias essenciais esperam reforma
Pelo menos 60 obras em todo o país, como reformas urgentes das BRs 381, 040 e 262 em Minas, estão com licitações suspensas ou sem previsão orçamentária. (Págs. 1 e 5)
10 mil queixas contra planos de saúde são ignoradas (Págs. 1 e 16)

Vereadores na cadeia...
Os nove parlamentares de Fronteira, no Triângulo, foram presos por desviar dinheiro público

...Prefeito em fúria
Chefe do Executivo de Mariana se envolve em briga com guarda. (Págs. 1 e 7)
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Jornal do Commercio

Manchete: Agamenon terá trânsito alterado
A partir de sábado, giros à esquerda ficam proibidos e algumas aberturas que permitem mudança de pisa serão fechadas na avenida, mexendo com a rotina de quase 90 mil motoristas. (Págs. 1 e Cidades 1)

Emprego formal para domésticas
Ministério do Trabalho deve concluir proposta para simplificar e diminuir tributos pagos na contratação de empregadas domésticas com registro em carteira. (Págs. 1 e Economia 1)

Novas demissões abalam a pasta dos Transportes
Foram exonerados, ontem, seis operadores de ex-ministro Alfredo do Nascimento e do deputado Valdemar Costa Neto no Ministério. (Págs. 1 e 5)
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Zero Hora

Manchete: Piratini pede discrição policial em operações
Pressão de prefeitos e aliados, incomodados com a forma que qualificaram como ostensiva da Operação Cartola, fez governo admitir “indícios de excesso”. (Págs. 1, 6 e 10)
Problema no sistema da Gol atrasa 30 voos
Falha no check-in da companhia em Congonhas, São Paulo, teve consequências em Porto Alegre. (Págs. 1 e 33)
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Brasil Econômico

Manchete: Portos favorecidos pela guerra fiscal crescem o dobro da média do país
Mesmo com renúncia tributária, receita de ICMS triplicou nos últimos dez anos em estados onde há benefícios a importadores

Levantamento do BRASIL ECONÔMICO, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mostra que nos últimos dez anos o ingresso de mercadorias quintuplicou nas regiões que oferecem benefício fiscal para os importadores — com alta de 415%. Nos demais terminais, o movimento cresceu 230%. Segundo o Conselho Nacional de Política Fazendária, a receita com ICMS dos dez estados que praticam a isenção fiscal cresceu 215%. (Págs. 1 e 10)


Em junho, o STF julgou inconstitucionais 23 mecanismos de redução de ICMS em sete estados. (Pág. 1)
Congresso e Obama avançam na negociação sobre dívida
Grupo bipartidário de senadores democratas e republicanos , conhecido como “Gangue dos 6”, propõe redução do déficit americano em US$ 3,75 trilhões nos próximos dez anos, e US$ 1,2 trilhão em novos impostos. O plano se aproxima dos valores do pacote sugerido pelo presidente americano — de cortes de US$ 4 trilhões no déficit. (Págs. 1 e 4)
Emprego fica estável em junho, mas pressiona inflação. (Págs. 1 e 12)

Fundos de pensão se rendem ao private equity (Págs. 1 e 30)

Índice deve estimular negócio de BDRs
Bolsa lança em 1º de agosto índice de recibos de ações estrangeiras (BDRs), que deve atrair fundos de investimento. (Págs. 1 e 34)
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domingo, 17 de julho de 2011

Pelo menos 17 pessoas morrem em 2 acidentes nas estradas do país

Pelo menos 17 pessoas morreram e outras 28 ficaram feridas em dois acidentes nas estradas durante a madrugada deste domingo no sudeste e nordeste do Brasil, informaram fontes oficiais. O acidente mais grave, envolvendo cinco veículos, ocorreu na estrada Assis Chateaubriand, na cidade de Penápolis, a 479 quilômetros de São Paulo, segundo assinalou a Polícia Militar Rodoviária.
A maior parte das 10 vítimas, entre elas um bebê de cinco meses e o motorista, estava em uma van que transportava familiares de presos para uma das prisões da região, quando se chocou com um reboque de um caminhão de cana-de-açúcar que teria tombado na estrada.
Outro caminhão que também levava cana-de-açúcar, um carro e um ônibus também se envolveram no acidente.
Além disso, três pessoas, duas delas em estado grave, foram levadas a um hospital de Penápolis.
Também neste domingo, em Tianguá, no Ceará, um ônibus de passageiros que cumpria a rota entre as cidades de Teresina e Fortaleza tombou no quilômetro 302 da estrada BR-222.
Segundo a Polícia, sete pessoas morreram no local do acidente e outras 25 foram levadas com ferimentos a hospitais de Tianguá.
EFE
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