domingo, 14 de outubro de 2007

Mil siglas e ninguém dá jeito no caos das estradas

* Nada menos de 1.374 departamentos, conselhos e juntas dividem responsabilidades e tarefas na gestão do trânsito brasileiro, que mata 35 mil pessoas por ano nas cidades e nas estradas.

São três ministérios envolvidos - Cidades, Transportes e Justiça - e 854 companhias de tráfego espalhadas pelos municípios, além de órgãos estaduais.

O excesso de siglas se reflete numa gestão ineficiente, com pouco êxito na fiscalização e prevenção de acidentes. Auditoria do TCU diagnosticou falta de planejamento e conflitos de competência.

Alfredo Peres da Silva, presidente do Denatran, principal órgão do setor, reclama da equipe econômica, que retém dinheiro de multas e do seguro obrigatório.

(O Globo - Sinopse Radiobrás - 14-10-07)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

OHL domina leilão de rodovias e empresa de dono da Gol leva BR-153

09/10/2007 - 17h23

YGOR SALLES
da Folha Online

A espanhola OHL Brasil dominou o leilão de trechos de rodovias federais e arrematou cinco editais, que somam 2.078 quilômetros. Passou a ser, em extensão, a maior empresa concessionária de rodovias do país, passando a CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias). Porém, a CCR continua a líder por tráfego e receita.

A empresa BRVias --que tem a família Constantino, dona da Gol Linhas Aéreas, como uma das sócias-- ficou com um trecho da BR-153, de 321,6 quilômetros e a espanhola Acciona do Brasil arrematou trecho de 200,4 quilômetros da BR-393, último lote do leilão.

Foram consideradas vencedoras as empresas que ofereceram o menor preço de pedágio. A concessão é de 25 anos.

A OHL Brasil conseguiu o trecho da BR-116 (Régis Bittencourt) por R$ 1,364, com um deságio (em relação ao preço inicial proposto pelo governo federal) de 49,2% e a BR-381 (Fernão Dias), por R$ 0,997, com deságio de 65,43%. Na Régis serão construídas seis praças de pedágio, e na Fernão Dias, oito.

A companhia também ficou com o trecho que abrange as rodovias BR-101, BR-116 e BR-376 entre Curitiba e Florianópolis por R$ 1,028 --cobrados em cinco pedágios--, com deságio de 62,67%, e com o lote da BR-101, da ponte Rio-Niterói à divisa do Rio com Espírito Santo, por R$ 2,258, com deságio de 40,95% e cobrado em cinco praças.

A empresa arrematou, ainda, o trecho da BR-116 entre Curitiba e a divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul por R$ 2,54, com deságio de 39,35%. Este trecho terá cinco praças.

A BRVias arrematou a BR-153, no trecho de São Paulo, com tarifa de R$ 2,45 a ser cobrado em quatro praças de pedágio. Ao todo, foram 10 propostas a este quinto lote. O deságio foi de 40%.

A Acciona Brasil --que entrou na Justiça para participar do leilão-- arrematou o trecho da BR-393 da divisa entre Minas e Rio até a entrada da BR-116 (rodovia Dutra) por R$ 2,94, com deságio de 27,17%.

O leilão foi interrompido depois do quarto edital (de um total de sete). A Acciona passou a concorrer, então, pelos últimos três. Dos quatro editais que a Acciona deixou de participar, a empresa realizou oferta para dois (Fernão Dias e BR-101 da ponte Rio-Niterói até divisa de ES e RJ).

Nos dois casos, o preço apresentado pela empresa foi maior ao da vencedora, a OHL. Portanto, a ANTT considerou que os quatro editais estão válidos e a OHL permanece com os trechos.

Segundo a ANTT, a Acciona pode perder o lote que venceu caso a liminar seja derrubada. Neste caso, a TPI (Triunfo Participações e Investimentos) assumirá a concessão da BR-393 no Rio de Janeiro com tarifa de R$ 3,851 --deságio de 4,61%-- a ser cobrado em três praças de pedágio.

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u335230.shtml